o chão que conta essa história
secou o ronco do trovão
e farto da vida inglória
abriu em fendas o grande sertão
são chagas de gente que sofre
que vive em meio a poeira
que arranca do solo mais fé que sustento
e dela se nutre a vida inteira
o chão rompe em desconsolo
lambendo de fogo o que já foi mar
e o vento sopra debochando
mais uma chuva pra longe de lá
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3 comentários:
Que pusta calor.
Tenho muitas saudades, gatona. Apareça!! Vamos fazer um róque e encher a cara.
linda essa parte de arrancar mais fé do solo do que sustento... nunca tinha pensado assim, mas é verdade. adorei esse texto, paula, ta cada vez melhor isso aqui! beijoca
Nossa Paula, você arrasa na poesia também... bjão
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